Reino: API Abuse

Uma API é um contrato entre quem chama e o que se chama. As formas mais comuns de abuso de API ocorrem quando o responsável pela chamada não respeita sua parte do contrato. Por exemplo, se um programa não chama chdir() após chamar chroot(), ele viola o contrato que especifica como alterar o diretório raiz ativo de forma segura. Outro bom exemplo de abuso de biblioteca é esperar que o elemento chamado retorne informações confiáveis de DNS ao responsável pela chamada. Nesse caso, o responsável pela chamada abusa a API do elemento chamado ao fazer certas suposições sobre seu comportamento (isto é, que o valor de retorno pode ser usado para fins de autenticação). A outra parte também pode violar o contrato entre quem chama e o que se chama. Por exemplo, se um programador definir SecureRandom como subclasse e retornar um valor não aleatório, o contrato será violado.

Heap Inspection

Abstract
Não use realloc() para redimensionar buffers que armazenam informações confidenciais. A função pode deixar uma cópia dessas informações confidenciais retida na memória, onde elas não podem ser sobrescritas.
Explanation
As vulnerabilidades de inspeção de heap ocorrem quando dados confidenciais, como uma senha ou uma chave de criptografia, podem ser expostos a um invasor porque não foram removidos da memória.

A função realloc() costuma ser usada para aumentar o tamanho de um bloco de memória alocada. Muitas vezes, essa operação requer a cópia do conteúdo do bloco de memória antigo em um bloco novo e maior. Essa operação deixa o conteúdo do bloco original intacto, mas inacessível ao programa, impedindo que ele consiga limpar dados confidenciais da memória. Se mais tarde um invasor puder examinar o conteúdo de um despejo de memória, os dados confidenciais poderão ficar expostos.

Exemplo: O código a seguir chama realloc() em um buffer que contém dados confidenciais:


plaintext_buffer = get_secret();
...
plaintext_buffer = realloc(plaintext_buffer, 1024);
...
scrub_memory(plaintext_buffer, 1024);


Há uma tentativa de limpar os dados confidenciais da memória, mas, como realloc() é usado, uma cópia dos dados ainda pode ser exposta na memória originalmente alocada para plaintext_buffer.
desc.semantic.cpp.heap_inspection